sábado, 8 de setembro de 2007

rasantes


no chão,
no céu,
numa bola
de sabão,
na aba
de um chapéu,
numa nuvem
de algodão,
num pedaço
de papel
de presente,
ou de pão,
numa mesa
de bar,
ou na palma
da mão,

o poema
sente antes
a sua razão.

foto: nuno ramos.

14 comentários:

Anônimo disse...

Lindíssimo.

Anônimo disse...

Equilíbrio, simplicidade...

Cara, não conheço alguém que consiga fazer isso em poesia tão bem quanto você...

Parabéns

Leandro Jardim disse...

esse múcio é tão bamba
que na poesia dele
a gente samba


abs
Jardineiros

Lua Durand disse...

numa mesa de bar, ou na palma da mão.

isso me lembra samba.

beijos Múcio.

Au Revoir

Rayanne disse...

Meu perto mais dentro:
Trago você
no pensamento.

Saudade tanta.

**Estrela cadente**

Pedro Pan disse...

, ele dá rasantes pra sentir razões e onde deve de pousar, ousar?...
, abraços meus.

Camila Lemos disse...

Não importa mesmo,só se faz por existir.

Lindo.

Anônimo disse...

Pousa aqui? Ousa!

beijo!

Qualquer Ana.

Isabella Brito disse...

"o poema
sente antes
a sua razão."


Eu fico incrivel com você, rs!

:D

Anônimo disse...

ai do verso
se não for-a ti

Saramar disse...

bela definição. Exata, musical.
beijos

Saramar disse...

bela definição. Exata, musical.
beijos

Anônimo disse...

Mais um agradecimento em relação ao Blog de 7, desta feita em sua página, pra dizer que ainda não descolei palavras cabíveis,,, rs
...
Sente antes e ante tudo,,, poesia é combinação de palavras tácteis... adoro pôr letra em bola de sabão,,, belas imagens e recordações me propuseste Múcio,,, bom ler...

Abraços e palpáveis poesias!

Sandra Regina disse...

Sem-razão! Assim é o poema! (já disse o mestre!) beijos